Na última quarta-feira (27), o Governo do Estado realizou uma coletiva de imprensa com representantes da secretaria estadual de Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Instituto Água e Terra (IAT), Sanepar, Copel e Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) para apresentar um balanço da situação hídrica do Paraná e novas ações para enfrentamento do período de estiagem.

O secretário estadual Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Márcio Nunes, começou alertando que a crise hídrica no Paraná é séria e pode se agravar ainda mais com a falta de água para consumo humano, animal e para a agricultura. “A situação é gravíssima e temos que repassar essa informação à população. Em momento de pandemia, pode parecer um assunto distante, porque não faltou água ainda em algumas torneiras de famílias paranaenses, mas esse problema é muito sério”, destacou o secretário.

Márcio Nunes lembrou ainda que estamos entrando em meses que habitualmente chove menos no Paraná e as chuvas volumosas e constantes devem retornar somente em setembro, sendo possível a recuperação dos mananciais somente nesta época.  “O Rio Iguaçu, por exemplo, em 90 anos nunca esteve com um volume tão baixo e o Rio Tibagi está com o nível mais baixo dos últimos 41 anos”, frisou o secretário.

“É a hora da sociedade estar do nosso lado e usar a água de forma racional. Precisamos da consciência de todos para evitar o desperdício”, afirmou o deputado estadual Cobra Repórter (PSD).

Na coletiva, foram detalhadas as ações que estão sendo tomadas pelo Governo do Estado a curto, médio e longo prazo para enfrentar a estiagem que já afetou os volumes dos reservatórios e nível dos poços no Paraná. O Instituto Mar e Terra destacou algumas ações emergenciais, tais como a transposição de bacias, de canais, licenças para se usar água, gestão da drenagem urbana, entre outras. O IAT também entregou caminhões-pipa a 20 municípios paranaenses para serem utilizados no abastecimento de água, combate a incêndios e, principalmente, para higienização de calçadas e ruas próximas a hospitais.

Vale lembrar que o agravamento da estiagem no Paraná fez o Governo do Estado decretar situação de emergência hídrica por 180 dias. O decreto foi assinado pelo governador Ratinho Junior e publicado no Diário Oficial no início do mês. A medida busca agilizar processos e evitar que a população possa ficar sem água por um longo período. De acordo com o Simepar, o déficit de chuvas atingiu o Estado de forma generalizada em abril, variando entre 30% a 90% dependendo da região.

Caberá tanto ao Instituto Água e Terra quanto à Polícia Militar fiscalizar o cumprimento das medidas e, se necessário, aplicarem as penalidades cabíveis.  “Infelizmente o Paraná vem enfrentando, junto com a pandemia do novo coronavírus, a estiagem. E para amenizarmos essa situação e dar celeridade às necessidades para esse enfrentamento foi editado esse decreto. A intenção é amparar a população paranaense da melhor forma possível”, afirmou o chefe da Casa Civil, Guto Silva.

O Simepar, em parceria com o Instituto Água e Terra, é o responsável pelo acompanhamento em tempo real das condições das bacias hidrográficas paranaenses durante o estado de emergência hídrica decretado no Paraná, com duração prevista até novembro.

O Paraná tem aproximadamente 200 bacias de mananciais. Os efeitos da estiagem variam de acordo com o perfil e as condições de cada bacia, influenciadas por outros fatores além da chuva, tais como evapotranspiração, volume e concentração temporal de precipitação, matriz, uso e conservação do solo. Estão sendo afetadas tanto as grandes bacias, que geram energia elétrica, quanto as pequenas, nas quais é feita a captação de água para abastecimento público.

Confira as ações do Deputado Cobra pelas cidades!