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Uma vida dedicada ao voluntariado

25 outubro 2019       1.704 visualizações        ›   ›   ›   ›        

“Foi a morte do Jairzinho que me fez começar….”. Assim relatou a Comendadora da cidade de Cambé, Maria Aparecida André Pascueto, a Cidinha Pascueto, que desde os 15 anos de idade dedica parte de sua vida a ajudar ao próximo.

Cidinha Pascueto tem um longo histórico de ativismo social e político no município e na região. Com o apoio da família, se voltou para o voluntariado e as organizações sociais, além de ter sido vereadora por cinco mandatos e vice-prefeita por duas ocasiões.

Natural de Mirassol (SP), Cidinha relata como a morte do garoto Jairzinho, de apenas 10 anos, despertou seu lado social. Usuário de cola de sapateiro, droga comum no início dos anos 80, Jairzinho era muito conhecido dela, sempre estava em sua porta. Depois de se envolver em um assalto, foi assassinado por um de seus comparsas durante a discussão pela divisão dos produtos roubados.

Aquilo a abalou profundamente e a incentivou a fazer algo pelo próximo. “Vou fazer alguma coisa para tirar as crianças da rua”, afirmou ela sobre o cadáver de Jairzinho. E fez! Neste mesmo ano, propôs a criação da Guarda Mirim de Cambé, entidade pela qual já passaram mais de 6 mil meninos que hoje se tornaram cidadãos do município.

Ainda em 1979 também iniciou o trabalho na Pastoral Carcerária, da qual faz parte até os dias atuais e, semanalmente visita a cadeia. Católica, aos 10 anos já ajudava na igreja, ajudando  voluntariamente. Seus primeiros trabalhos foram com a preparação de casais para o matrimônio. Também foi catequista por 53 anos na Paróquia Santo Antônio, a Matriz de Cambé, onde é participante ativa até os dias atuais.

Em 1983 assumiu o primeiro mandato como vereadora e, neste mesmo ano, concretizou seu primeiro projeto de amplitude social com a fundação Guarda Mirim. A seguir, iniciou um trabalho com os engraxates da cidade que, segundo ela, eram muito discriminados. Fundou então o Grupo de Meninos Trabalhadores, que depois se tornou a Escola Oficina Hugo Gonçalves.

Nos anos seguintes fundou cinco creches domiciliares na cidade, onde uma mãe cuidava dos filhos das outras e recebia apoio da Associação de Proteção à Maternidade e Infância (APMI) e ajudava com um salário e a alimentação para as crianças. Cada creche mantinha entre 20 e 30 crianças.

Seu trabalho no voluntariado nunca parou. Para tanto, Cidinha conta que sempre contou e conta com o apoio do marido José Pascueto e dos três filhos.

Foi fundadora do Clube das Mães da Zona Rural, que promovia cursos de artesanato; do Clube dos Idosos; da Pastoral da Criança em Cambé; do ARA – Associação de Recuperação dos Alcoólatras; do Cristma (Cristo Te Ama) da fundação Tamarozzi, que hoje tem quatro grupos no combate às drogas na cidade e uma das fundadoras da União dos Deficientes Físicos de Cambé (Unidef).

Desenvolveu ainda por 10 anos um intenso trabalho de combate ao uso de drogas e proteção à criança pelo Sepan (serviço de Assistência e Proteção ao Menor), até que ele se tornasse Conselho Tutelar. Realizou um trabalho com as mães solteiras, que nas décadas de 1980 e 1990 eram muito discriminadas. A elas eram garantidos apoio e lar.

O destaque na área social a levou à política. Foi vereadora por cinco mandatos e vice-prefeita em três outros mandatos: um com Gilberto Martin e dois com João Pavinato.

Como vereadora é autora de projetos de leis que: regulamentou o uso de cercas energizadas nas residências; proibiu a venda de cola de sapateiros para adolescentes; garantiu a reserva de assentos para deficientes e portadores de necessidades especiais no transporte coletivo eproibiu a venda de armas de brinquedos, entre outros.

Acompanhou o desenvolvimento da cidade e o crescimento dos bairros como o Campos Verdes, ao qual viu crescer desde o primeiro barraco. Lutou pela instalação de água e luz, e acompanhou a sua transformação em bairro na gestão de João Pavinato, garantindo dignidade às famílias.

Por seu intenso trabalho social, especialmente contra as drogas, chegou a receber ameaça de morte, mas nunca deixou de ser voluntária. Também nunca deixou de atuar na tradicional Festa de Santo Antônio, a mais tradicional de Cambé.

Há 30 anos tem um programa diário na Rádio Cidade de Cambé – Momento de Prece, das 17h50 às 18h que, segundo ela, é um momento de meditação de antecede a tradicional “Ave Maria” das 18h.

Em 2013 recebeu a Comenda Grão de Café, o maior título de honraria do município como reconhecimento de todas os trabalhos realizados em prol da comunidade de Cambé.

Por onde passa, a comendadora de Cambé é conhecida. Sua casa, onde reside desde que se casou, ainda é típica do Paraná, de madeira, muito bem cuidada e com um jardim impecável. É um endereço muito conhecido na cidade, é procurada por aqueles que têm nela uma luz para suas dificuldades.

 

Quem é Cidinha?

Nascida em 26/05/1945 em uma família de 11 irmãos;

É a sexta filha, sendo a caçula das mulheres;

Casada com José Pascueto desde 1963, com que tem três filhos: Gilberto Luiz Pascueto, Angela Cristina Pascueto e Tânia Maria Pascueto;

Veio para Cambé com apenas um ano de idade com seus pais, que compraram um sítio na Granja Nixdorf;

Mora no mesmo endereço em Cambé desde que se casou com José Pascueto, em uma casa de madeira, cheia de histórias, e conhecida por toda a cidade.


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Comentários

  1. Adeliana da silva disse:

    Ola cida tanto tempo que a conheco vc fez otimos trabalhos parabens

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